"NÃO VOS ILUDAIS; DE DEUS NÃO SE ZOMBA.
O QUE O HOMEM SEMEAR,ISSO COLHERÁ".
(GÁLATAS,6:7.)
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" SECA-SE A PLANTA E CAI A SUA FLOR,MAS A PALAVRA DO NOSSO DEUS PERMANECE ETERNAMENTE." -BEZERRA DE MENEZES

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009


MÃE TERRA





O homem no seu egoísmo avassalador e inconsequente fere e faz sangrar o planeta em que habita, sem perceber o grave risco em que o coloca, até mesmo, de extinção da própria vida. Oh! Terra - mãe devotada. Em teu seio acolhedor elaboramos nossa gestação espiritual. Na travessia longa e penosa de teus reinos recolhemos experiências que, apesar de incontáveis, ainda representam insignificante grau de aprimoramento. Colocaste à nossa disposição teus continentes, teus oceanos, teus rios e mares, tuas cascatas, tuas fontes de água potável e teus imensos recursos naturais, tuas sementes e o precioso ar que respiramos. Em troca de tanta prodigalidade, hoje, muitos de nós, sensibilizados e arrependidos, reconhecemos que, desde os tempos longínquos de nossa primitividade, tão logo conquistamos a razão e o livre-arbítrio, outra coisa não fizemos senão tratar-te com requintes de perversidade, indiferença e ingratidão. Poluímos teus oceanos e teus mares, teus rios, teus lagos e tuas fontes de água cristalinas. Devastamos tuas exuberantes florestas, pouco fazendo por restaurá-las. Envenenamos o ar que respiramos e, dominamos o reino animal, escravizando e massacrando nossos irmãos inferiores, conduzindo várias espécies à extinção. Embora enfatuados com nossas assombrosas conquistas científicas e tecnológicas, adentramos o Terceiro Milênio dando continuidade a espetáculos sanguinolentos, a exemplo de touradas, rinhas de galos, caças esportivas, rodeios, etc. Até quando, mãe Terra, continuaremos a aprisionar teus pássaros, simplesmente para que deleitem nossos olhos e nossos ouvidos com suas plumagens coloridas e seus cantos maviosos? Por que ainda não aprendemos a amar esses encantadores seres alados que, sem dúvida foram criados por Deus, para que desfrutem venturosos, o paraíso das flores e possam voar livremente pelos espaços sem limites? Além disso, convictos que te possuímos, dividimos tua superfície, transformando-a, a bel prazer, numa "colcha de retalhos" maiores e menores, que denominamos nações, as quais, para preservarem suas fronteiras, sustentam forças armadas consumidoras de vultosas parcelas dos erários dos povos. Pela febre da posse, inventamos os títulos de propriedade com que transferimos os teus bens de pessoa a pessoa, de família a família, de geração a geração. Nem sequer lembramos que o próprio corpo não nos pertence, pois seus componentes retornarão ao seio da terra. E agora - mãe dadivosa! Como vamos saudar nossas vultosas dívidas contigo? Como reparar os incalculáveis danos que te causamos? Com certeza serás tu mesma que, cumprindo a Lei de Ação e Reação, vais reagir contra teus filhos perversos e ingratos, a fim de restaurar o equilíbrio e a pureza dos teus reinos. Aliás, há sinais evidentes de que já iniciastes a justa reação: são vulcões que despertam, tornados e furacões que eclodem com maior frequência, terremotos, derretimento das geleiras dos polos, água potável escasseando a cada década, inundações provocadas pela subida das águas dos rios a níveis jamais vistos, tudo isso ceifando milhares de vidas e deixando outras tanto ao desabrigo. Com certeza, o Supremo Autor da Vida te fornecerá recursos sábios, poderosos e justos, para a correção dos seus insensatos filhos, autênticos "grileiros" de todos os teus bens que, ao final, restaurados, serão dignamente administrados e usufruídos por uma nova humanidade, isenta dos desvarios da posse, frutos do egoísmo e do orgulho. Assim foi, e será, porque o Amor, expressado no bem e no belo, é a eterna realidade da Criação Divina. O mal é transitório, precário e se autodestrói nos conflitos dos interesses mesquinhos. Meus queridos amigos, esta é a nossa confissão de culpa, dificilmente a alma humana compreenderá quanto deve ao seu planeta, responsável pela sua consciência de ser e existir. Espíritos elevadíssimos que planam suas asas de amor e sabedoria sobre vossa humanidade, curvam-se, comovidos, rendendo hosanas à Terra, como matriz materna de suas consciências espirituais. E como Mãe devotada, ela vê esses seus filhos queridos partirem, como libélulas evoluídas que se alcandoram ao espaço infinito em busca dos mundos superiores.

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